quarta-feira, 27 de maio de 2009

autoconselho - Parte I

Quando você percebe qual o motivo mais plausível que possa, eventualmente, explicar porquê sua respiração não é mais uma obrigação humana, mas a apenas uma movimentação automática da qual a única função extraída, de fato, é a permanência no mundo dos vivos, tudo que disser não passará de um sussurro e, a cada batida do seu coração vem uma sensação de surpresa.

Você sente tua alma em outro plano, além do físico.

E ouve seu passado conversando contigo, te fazendo lembrar de momentos que gostaria de não ter vivido.

Você não machucaria ninguém, mas aprecia vê-lo em sua dor. Tenta se desligar, para viver sem seu ódio sem razão. aquela dor no meio do peito que não tem explicação, muito menos cura.

Se te faz bem, continue a alimentar esse ardor irracional. Mas, viver num mundo pintado em preto e branco, às vezes, pode não ser tão confortante.

Você pode ser tudo aquilo que desejar.

Entorpecido pelo verme que corre em tuas veias, você desiste do que é e passa a viver sem uma razão.

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