Corra!! Corra!! Corra!! Quando não ouvir mais os próprios gritos e suas mentiras não te convencerem mais.
E não espere ver a morte do dia.
Seus pensamentos te rodeiam e fazem companhia.
Então, a escuridão solitária te parece acolhedora.
A alegria alheia te incomoda e você sente seu corpo enrigecer, gélido e, a cada movimento, uma nova rachadura se incorpora ao seu físico.
As palavras escorregam pelo lápis. E parece que tudo que você ouviu é sagrado.
A música de fundo te conforta, chama tua atenção, mas é quase um sussurro.
Eis que sente uma lágrima rolando por sua face. E depois outra, e outra, e outra até que adormece.
Em seu sonho, você não tem chão. Continua a cair, pelo que te parece uma eternidade à espera que alguém te segure e, então, repentinamente, percebe que nao virá ninguém e cai em si próprio.
Essa verdade te leva à loucura.
E você sabe que não há como parar a dor, mesmo que deseje que ela vá embora. Aí tenta se esconder, ainda que ouvindo as vozes gritando teu nome.
Anseia pela escuridão...
Não durma! Não morra!
De alguma maneira, você sabe que há, ainda muito por vir, mas está imobilizado pelo medo e cego pelas lágrimas.
Anjos estão caídos aos teus pés, imóveis.
A morte está em frente a ti.
Ela te reconhece e você se pergunta se deve render-se perante seu próprio fim.
Desprezando tudo pelo que você lutou, acorda apenas para se deparar com o fim.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário