Vivo sem freio,
Andando no escuro.
Por ti muito anseio,
Mas não o procuro.
Sinto-me só
E não me torturo.
Da vida ao pó
Outrora tão puro.
Palavras em chamas
São cinzas agora
Sou gelo em escamas
Meu grito te implora
Inspiro e expiro
Mas só sobrevivo
Em sonho, suspiro
Lá vejo motivo
Me entrego, então
Ao desconhecido
As noites de não
São sonhos partidos.