segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

CRISTAL DE NEVE

Vivo sem freio,

Andando no escuro.

Por ti muito anseio,

Mas não o procuro.

Sinto-me só

E não me torturo.

Da vida ao pó

Outrora tão puro.

Palavras em chamas

São cinzas agora

Sou gelo em escamas

Meu grito te implora

Inspiro e expiro

Mas só sobrevivo

Em sonho, suspiro

Lá vejo motivo

Me entrego, então

Ao desconhecido

As noites de não

São sonhos partidos.